Eu falo e escrevo demais sobre liberdade, e a sinto tão momentanêamente que chega a ser cruel. Minha liberdade não me é tirada por pessoas, ela me é tirada por atitudes. Eu me prendo a momentos, pois espero algumas atitudes que nunca chegam. E é ai que eu fico presa ao meu quadro de insanidades, presa a cada segundo girando no relógio. E nesse exato momento enquanto escrevo, estou presa. E mesmo contestando 'comigo mesma', mesmo dizendo que isso é errado, estou cada vez mais jogando fora outro pedacinho de mim. Eu faço isso não por burrice ou por culpa, eu espero por dependência. Dependo de um único som pra sentir um dia feliz, uma única voz. A espera vale quando aquela atitude tem vontade, eu ganho minha liberdade de novo quando vejo que ainda existe algo por mim. E por mais difícil que seja admitir, falarei mais uma vez: Liberdade, a sinto tão momentanêamente que chega a ser cruel. Cruel.
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